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  • Foto do escritorDavid Mesquita

A Fisioterapia no tratamento da hérnia de disco vertebral.

Atualizado: 19 de jul. de 2023

Saiba porque a maioria das hérnias de disco não precisam de tratamento cirúrgico.

Dor de coluna, hérnia de disco e dor lombar ao acordar pela manhã

A coluna vertebral possui entre as suas vértebras tecidos cartilaginosos denominados discos intervertebrais, que conferem mobilidade a toda essa região. Quando há o escape total ou parcial de um ou mais discos de sua estrutura normal, ocorre a hérnia de disco, conhecida popularmente como "bico de papagaio".


Na existência de dores nas costas, com irradiação ou não para as pernas (membros inferiores) ou para os braços (membros superiores), uma das primeiras preocupações dos pacientes acometidos é saber se a causa está ligada a uma hérnia de disco.


A identificação das causas desses sintomas depende de um diagnóstico preciso, que envolva um exame clínico detalhado para entender as áreas comprometidas e também de que modo a dor se manifesta. Além disso, devem ser realizados testes específicos que identifiquem possível alteração de sensibilidade e irradiação nervosa para os membros superiores ou inferiores. Essa avaliação física é decisiva para o correto diagnóstico, e em muitos casos é até mais valiosa do que um exame de imagem.


Tratamento para hérnia de disco

Os laudos de exames de imagem, como as ressonâncias magnéticas e tomografias, por exemplo, não são suficientes para o diagnóstico do problema, mesmo que na imagem esteja evidenciada a presença de hérnia de disco ou de degeneração local. Isso se explica pelo fato de muitas pessoas terem hérnia de disco e não relatarem qualquer tipo de dor. Em razão disso, por mais que muitos pacientes possam se assustar ao terem um laudo diagnóstico de hérnia de disco, sabe-se hoje em dia que esse problema é muito comum, inclusive naqueles indivíduos que praticam hábitos de vida saudáveis, não relatando qualquer sintoma relacionado.

Na prática clínica, é muito comum os pacientes relatarem um histórico de passagem por diversos tratamentos, que muitas vezes só se concentram no local da dor e negligenciam a investigação mais acurada sobre outros locais do corpo que, mesmo distantes do ombro, possam ter contribuído para o surgimento do quadro de dor. Esse tipo de investigação só é possível através do exame clínico, de testes específicos no paciente e da análise conjunta de seu histórico de dor com as atividades desenvolvidas no seu dia-a-dia.


Aliás, o excesso de exames de imagem, somado ao crescente número de erros no diagnóstico das causas das dores lombar e cervical, tem sido um dos maiores problemas que enfrentamos atualmente nos sistemas de saúde público e privado, uma vez que a maior causa de afastamento das atividades laborais, no mundo inteiro, está relacionada às queixas de dor lombar ou cervical entre jovens e adultos.


Estudos também revelam que quando a dor está, de fato, relacionada à existência de uma hérnia de disco, os pacientes tendem a melhorar, independentemente do tratamento realizado. Ou seja, nesses casos (acredite ou não!), o tempo pode ser um bom aliado na evolução do quadro de dor, e os tratamentos fisioterapêuticos podem ser um excelente coadjuvante neste processo natural de melhora.


Somente em casos bem mais específicos, o tratamento cirúrgico pode ser sugerido para pacientes com hérnia de disco, desde que os sintomas sejam GRAVES, com alterações neurológicas acentuadas e progressivas, ou em casos de síndrome de cauda equina, por exemplo.


Exercícios para dor de coluna

Os tratamentos fisioterapêuticos que podem ser utilizados para a melhora do quadro de dor envolvem desde a terapia manual, como a prática de Osteopatia e Quiropraxia, até exercícios específicos que estimulem os músculos e o ganho de movimento para a região comprometida. Tratamentos passivos, que mantêm o paciente por muito tempo deitado ou com pouca variedade de estímulos, podem não ser a melhor solução para esses casos.


Em todas as situações, a busca por um bom profissional de saúde é essencial, e o tratamento proposto deve sempre priorizar o mínimo de intervenção possível, exceto para os casos considerados graves ou que não apresentem melhora após 6 (seis) meses do tratamento conservador.


 

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